sábado, 27 de abril de 2013

Expedição Iata-Piuna. Quinto dia de mergulho

Devido as boas condições meteorológicas, pudemos novamente desde cedo nos organizar para um novo dia de mergulho. Apesar de grande parte dos cientistas ter ficado até tarde processando as amostras do dia anterior, o grupo estava a postos quando o geólogo Eugenio P. Frazão, do Serviço Geológico Brasileiro (CPRM), entrou no Shinkai 6500.


Desta vez, o local era ainda junto a Dorsal de São Paulo, entretanto 50km a oeste em relação ao primeiro ponto investigado. Novamente, a organização e precisão da equipe do Shinkai 6500, fez com que processo de mergulho iniciasse precisamente as 9h como nos demais dias. Uma vez colocado na água, o mesmo submergiu até 4.061m de profundidade em uma velocidade média de 50m/min.


Na base da Dorsal encontrou um fundo oceânico bem sedimentar, o qual apresentava marcas indicativas da presença de corrente forte naquela região (Ripple Marks). A principal massa de água no local/profundidade é Água Antártica de Fundo, a qual é bem gelada (0,6ºC). Apesar disto, os aquanautas não sofrem com a baixa temperatura, uma vez que os equipamentos dentro do submersível geram calor.

Além disso, os mergulhadores também vestem uma roupa especial anti-chamas que os protegem ainda mais do eventual frio. Um grande peixe se aproximou do Shinkai 6500 e foi registrado brevemente pelas câmeras de vídeo e foto. Especulamos se tratar da espécie Dissostichus eleginoides, a "merluza negra" que é um recurso pesqueiro de águas profundas nas montanhas submarinas do lado leste do Atlântico Sul Dorsal Walvis) e também do Oceano Antártico.

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